sexta-feira, 18 de maio de 2012

    Reflexão sobre experiência laboratorial acerca dos factores que influenciam actividade enzimática


             O nosso grupo realizou uma experiência laboratorial com o fim de estudar o comportamento da enzima catalase em meio ácido, básico e neutro com a utilização de fígado fresco.
             Fez-se uma breve explicação da experiência e foram referidos vários conceitos acerca do comportamento da catalase (separar a molécula de peróxido de hidrogénio em H2O e oxigénio) para que os alunos percebessem que tipo de experiência se iria realizar. Todos os alunos conseguiram seguir o protocolo experimental correctamente de forma a que os resultados obtidos terem sido os que se pretendiam.
              A experiência correu bastante bem e os alunos gostaram muito de a realizar e de perceber melhor o comportamento das enzimas no corpo humano.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Actividade Laboratorial
Factores Que Influenciam a Actividade Enzimática


Introdução:


A catalase é uma enzima encontrada em diversos tecidos, responsável pela eliminação do peróxido de hidrogénio.  Esta substância, vulgarmente conhecida como água oxigenada, é subproduto de algumas reacções metabólicas, e uma vez que é tóxica para o organismo, a sua acumulação nos tecidos seria extremamente nociva. A enzima catalase tem uma acção catabólica sobre o H2O2, desdobrando-o em água e oxigénio:


2H2O2-->2H2O + O2


Uma vez que tem uma acção de processamento de algumas substâncias presentes no sangue, o fígado acumula componentes nocivos, entre as quais o peróxido de hidrogénio. Por isso, encontrar-se-á naturalmente uma maior quantidade de enzima catalase neste órgão, por a sua acção nele ser mais necessária.

O objectivo desta expeíência é determinar a influência do pH do meio sobre a actividade enzimática, mais concretamente da enzima catalase.



Protocolo experimental

Material:Fígado fresco
Peróxido de hidrogénio (água oxigenada);
Ácido clorídrico (0.1 mol/dm3);
Hidróxido de sódio(0.1 mol/dm3);

4 tubos de ensaio;
Suporte para tubos;
Pinças;
Bisturi;
Fósforos;
Pipetas;
Almofariz;
Areia;

Indicador de pH;



Procedimento:

1- Numerar 4 tubos de ensaio;

2- Adicionar 2 cm3 de H2O2 a todos os tubos;

3- Esmagar o fígado  no almofariz, com o auxílio da areia;

4- Adicionar 4 gotas de HCL ao tubo 3.

5- Adicionar 4 dotas de NaOH ao tubo 4.

6- Medir o valor de pH dos tubos 3 e 4. O primeiro deve ter
     pH inferior a 4, o segundo, superior a 10. Se necessário,
     adicionar mais HCl ou NaOH (respectivamente) até atingir
     os valores pretendidos.

7- Introduzir nos tubos 2, 3 e 4 um pouco de fígado esmagado.

8- Introduzir em cada tubo um fósforo aceso;

8 -Registar os resultados;


Registo dos Resultados

                   Reacção                                             Chama

T1               Não ocorre reacção                            Quando introduzido dentro
                                                                               do tubo, o fósforo apaga-se

T2               Reacção intensa,                                 A chama cresce
                   libertação de gás (borbulhar).         

T3               Reacção semelhante à do                    Verifica-se um pequeno 
                    tubo 2, mas significativamente           crescimento da chama,
                    menos intensa.                                     mas esta extingue-se         
                                                                                 rapidamente.
                                                                           

T4               Idém.                                                   Idém


Discussão dos resultados

Os diferentes tubos representam meios com diferentes valores de pH, permitindo-nos assim observar a influência que este factor exerce sobre a eficácia da actividade enzimática.

T1 é o tubo de controlo, que nos permite observar o resultado na ausência de actividade enzimática, assegurando-nos assim que as reações observadas nos restantes tubos derivam da mesma.
T2, T3 e t4  apresentam, respectivamente, pH neutro, ácido e básico.

A reação mais intensa observada foi a verificada no tubo 2, sendo que os tubos 3 e 4 apresentaram uma reacção significativamente mais reduzida. A chama dos fósforo cresce quando introduzida nos tubos devido á presença de oxigénio. Uma vez que a chama cresce mais no tubo 2, sabemos que é neste que ocorre uma maior libertação de oxigénio. Uma maior quantidade de produto no mesmo espaço de tempo aponta para uma maior velocidade de reacção, pelo que podemos concluir que, dado que o valor de pH a única variação entre os três meios, este influencia a actividade enzimática, sendo um meio neutro mais favorável à mesma.

Isto acontece porque todas as enzimas têm um volor de pH óptimo, no qual a velocidade de reacção é maior, e do qual quanto maior for o desvio, maior a eficácia diminui. À excepção das enzimas digestivas e do caso de algumas bactérias extremófilas, o pH óptimo da maior parte das enzimas está situado em valores neutros, característicos do meio onde naturalmente actuam. Sendo uma enzima encontrada em tecidos nos quais o pH não poderia alcançar valores cáusticos, o pH mais favorável à acção da catalase é neutro.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Complicações na Gravidez

Durante a gravidez, existem vários problemas que podem surgir, comprometendo a viabilidade da gravidez, saúde da mãe e/ou do feto, e podendo conduzir a doenças crónicas e malformações no bebé.

Para além dos problemas mais graves, existe uma série de fenômenos fisiológicos e desconfortos rotineiros que não representam sério risco para a saúde da mãe e do bebé, entre os quais:

Dores de costas, em especial em fases mais avançadas da gravidez, devido ao desiquilíbrio da distribuição do peso do corpo. Aconselham-se (dependendo da gravidade) banhos quentes, massagens, toma de Paracetamol, analgésicos ou narcóticos.

Obstipação, induzida pelas altas concentrações de progesterona no sangue, que aumenta o tempo de digestão e abranda o transito intestinal. É um mecanismo induzido pelo corpo de forma a assegurar uma melhor absorção de nutrientes. O tratamento consiste na ingestão abundante de fluidos, a toma de laxantes suaves, e uma dieta rica em fibras.

Contracções de Braxton Hicks: Contracções moderadas, irregulares, indolores, que não comprometem a gravidez. São causadas pela desidratação, pelo que o tratamento será a ingestão de fluidos.

Edema: Acumulação de fluidos nas extremidades, causando inchaço. É causada pela compressão da aorta e veia cava pelo feto. Os efeitos podem se controlados levantando as pernas acima do nivel do coração, e dormindo de lado.

Sindrome de Refluxo Gastrofágico, causado pelo relaxamento do esfincter esofágico e aumento do tempo de digestão (ver 'obstipação', acima.) Aconselha-se a toma de antiácidos, a ingestão de alimentos menos abundante e mais frequente, e um espaçamento de mais de uma hora entre uma refeição e o deitar.

Hemorroidas: Inchaço e inflamação dos vasos sanguíneos em redor do canal anal, causando hemorrogias e dor. São causadas pela congestão localizada do sitema circulatório devido à obstipação. O tratamento consiste na toma de esteróides e tratamento da obstipação.

Pica: Um impulso para ingerir substâncias tais como terra e argila, causado por uma carência de ferro no sangue. Facilmente tratável com a toma de suplementos alimentares.

Dor abdominal, causada pela distenção do miométrio e musculos abdominais. Recomenda-se a toma de Paracetamol.

Aumento da frequencia urinária, causada pela compressão da bexiga pelo feto. Aumenta gradualmente ao longo da gravidez.

Varizes, causadas pela distenção das paredes das veias e aumento da pressão arterial. As causas podem ser controladas com a elevação das pernas e uso de meias especiais, e os sintomas (inchaço, dor) com banhos quentes. Factores como a obesidade, tendência a estar sentado ou deitado por longos periodos de tempo e o uso de roupas apertadas contribuem para o aparecimento e agravamento das varizes.

Entre outras complicações, mais graves, que poderão pôr em risco a saude de mãe e bebé, listam-se:


Diabetes gestacional (grau de intolerância a glicose que foi primeiramente reconhecida durante a gravidez)

Doença hipertensiva da gravidez- Hipertensão acompanhada de proteinuria e/ou edema, sendo estes chamados de triade da DHEG. Classifica-se a DHEG em duas formas básicas: pré-eclampsia (forma não convulsiva marcado pelo início da hipertensão aguda apos a vigésima semana de gestação) e eclampsia, que é um distúrbio hipertensivo gestacional caracterizado pelos episódios convulsivos consequentes a efeitos cerebrais profundos da pré-eclampsia.

O Síndrome de HELLP é uma grave complicação da gestação caracterizada por: (H) hemolise, (EL) enzimas hepáticas elevadas e (LP) baixa contagem de plaquetas. Aproximadamente 2% das mulheres com o síndrome de HELLP e 8% dos bebés morrem em decorrência do síndrome.

Oligoâmnios-Presença de menos de 200 ml de líquido amniótico na cavidade amniótica intacta durante os últimos meses da gravidez

Placeta prévia- Complicação obstétrica na qual a placenta está fixada à parede uterina cobrindo parcial ou totalmente o cérvice uterino.
A placenta fica implantada, inteira ou parcialmente, no segmento inferior do útero, a partir da 22.ª semana degestação.

Descolamento de placenta

Parto pré-termo (ou nascimento prematuro) ocorre quando o recém-nascido nasce com menos de 37 semanas de idade gestacional (36 semanas e 6 dias ou menos.)
A possibilidade de sobrevivência dos prematuros é 25%, mais alta no caso de meninas

Doenças dermatológicas da gravidez- As manifestações cutâneas durante a gravidez correspondem a
alterações fisiológicas, dermatoses próprias do período gestacional ou doenças pré-existentes. O penfigóide gestacional, a erupção polimorfa da gravidez, a foliculite pruriginosa, o prurigo da gravidez e o prurido gravídico são considerados dermatoses próprias da gestação. Uma forma de psoríase pustulosa grave, o impetigo herpetiforme, está descrito na gestação. As lesões cutâneas da artrite psoriásica, do lúpus eritematoso, da dermatopolimiosite e os pênfigos podem piorar na gravidez. O eritema nodoso e o eritema nodoso hanseniano podem ser desencadeados pela gravidez. O tratamento deve considerar os riscos e benefícios para a mãe e o concepto.


ISOIMUNIZAÇÃO Rh
Todos nascemos com um certo tipo de sangue que pode ser Rh positivo ou Rh negativo.
Se a  mãe for Rh positivo, ou quer a  mãe quer o pai forem Rh negativo, não há razão para preocupações com incompatibilidade de Rh.
No entanto, se a mãe for Rh negativo e o pai do bebé for Rh positivo, então muito provavelmente, 50% de probabilidade bebé irá herdar o tipo de sangue do pai, causando incompatibilidade entre a mãe
e o feto.
De um modo geral, a isoimunização Rh durante a gravidez resulta da formação de anticorpos pelo organismo da mãe que vão reagir contra os glóbulos vermelhos do bebé, destruindo-os e causando anemia, nas situações de incompatibilidade em que a mãe é Rh negativa e o feto Rh positivo.
A isoimunização Rh pode conduzir à destruição dos glóbulos vermelhos do feto levando a uma anemia grave. Um dos produtos resultantes da destruição dos glóbulos vermelhos é a bilirrubina que
durante a vida no útero não é fonte de problemas porque o organismo materno trata de a eliminar.
Após o nascimento, e sendo o fígado do recém-nascido ainda incapaz de se libertar da bilirrubina, esta deposita-se na pele (icterícia) e, mais grave ainda, pode instalar-se no cérebro. Actualmente, nas formas ligeiras, com a monitorização dos níveis de bilirrubina e tratamento com fototerapia, se indicada, e outras medidas, os bebés têm boa evolução.
As formas graves podem ser fatais ou ter consequências no futuro desenvolvimento do bebé, pelo que a prevenção é fundamental. Normalmente numa primeira gestação nunca ocorre qualquer
problema, a única situação que existe é que a mãe perante os antigénios D presentes no sangue fetal, vai produzir anticorpos anti-D. Numa segunda gestação em que o feto volta novamente a ser Rh
positivo, como a mãe já possui os anticorpos anti-D, eles vão reagir contra os glóbulos vermelhos do bebé, causando uma anemia muito grave, Doença Hemolítica Perinatal (DHPN), podendo resultar na morte do feto.

A Constipação

A constipação é uma doença infecciosa causada por diversos vírus que afecta as vias repiratórias.
Os virus causadores da constipação são os rinovirus, coronavirus, adenovirus, o virus da gripe (influenza), entre outros. O primeiro grupo é o mais comum, sendo causador de 30-80% dos casos de constipação.

Os Rhinovirus são uma espécie de virus que engloba inúmeras subspécies (destinguidas pelas diversas proteínas membranares), das quais 99 que infectam o ser humano. Proliferam a temperaturas entre os 33-35º C, razão pela qual afectam principalmente o nariz. Reproduzem-se inserindo o seu DNA na célula infectada, onde será integrado no material genético da mesma. Os recursos da célula serão direccionados para a produção de novos virus, que para se libertarem provocam a sua lise. Estes virus são de acção muito rápida, pelo que sintomas aparecem quase imediatamente após o contágio.




Os sintomas incluem corrimento nasal, tosse, dor de garganta e cabeça, fadiga, perda de apetite, dores de corpo e febre. A febre raramente ocorre nos adultos, tendo maior incidência nas crianças, por não terem ganho ainda imunidade suficiente para uma resposta mais eficiente. Pelo mesmo motivo, a intensidade tende a diminuir depois da infância, vindo posteriormente a aumentar na terceira idade, quando o sistema imunitário enfraquece.
Não existe cura para o vírus da constipação, mas os sintomas são fácilmente tratáveis. Nos casos piores, a febre dura até dez dias, sendo que os outros sintomas desaparecem nas primeiras três semanas.

Uma constipação geralmente começa com um sentimento de fadiga, calafrios, dor de cabeça e espirros, seguidos por cerca de dois dias de corrimento nasal e tosse. Ao fim de três dias os sintomas atingem o seu pico, e, nas crianças, 40% das vezes prolongam-se por 10 dias (25 em 10% dos casos.)

O contágio dá-se atravéz das goticulas em suspenção no ar, libertadas quando respiramos, tossimos espirramos, etc, bem como o contacto com secreções nasais e objectos contaminados com as mesmas. Os virus têm capacidade de sobreviver durante algum tempo no ambiente, podendo passar para as mãos por contacto, e dessas para a boca e olhos.


Não existe cura para a constipação. O tratamento por antibióticos é ineficaz, uma vez que estes não afectam os virus, e poderão até mesmo ter efeitos prujediciais no organismo. Também não existem antivirais que combatam os virus da constipação. Devido ao elevado numero de virus que podem causar a constipação, não existe vacina para a mesma.

Os sintomas são tratáveis. No entanto, as abordagens comuns à constipação, tais como suplementos de vitamina C, são altamente ineficazes. A toma de equinácea, outra abordagem natural, tem resultados variáveis consoante o suplemento.





A prevenção da constipação passa maioritariamente pelas medidas comummente tomadas relativamente a outros virus, tais como a higiene das mãos, evitamento de grande proximidade fisica, uso de máscaras, etc. Ao contrário do que se pensa, o frio não toma lugar na transmissão dos virus. Pelo contrário, ambientes frios são extremamente desfavoráveis à sua sobrevivência no meio ambiente. O facto de as constipações, gripes, etc, terem uma maior incidência na época fria poder-se-á dever ao facto de, com a descida das temperaturas, as pessoas estejam mais resguardadas, em ambientes abafados e quentes, frequentemente em maior proximidade física, por evitarem espaços abertos e se aglomerarem em salas, cafés, etc, propiciando assim a propagação de microorganismos patogénicos.

Reflexão - Terapia Génica


Com este trabalho pudemos perceber melhor algumas técnicas de terapia para se curar certo tipo de doenças especialmente doenças hereditárias. Deu-nos uma visão mais ampla para podermos escolher a melhor solução para alguma doença que eventualmente se possa ter desde a nascença ou para alguma doença que se tenha adquirido com o passar do tempo. Esperemos que os nossos leitores tenham ficado esclarecidos em certas dúvidas ou questões e que apreciem o nosso trabalho.